O conceito ESG tem potencial para impactar todas as dimensões envolvidas nas atividades empresariais, uma vez que se propõe a alavancar melhores práticas ambientais, sociais e de gestão do próprio negócio. E o setor logístico não foge à regra.
Porém, observa-se que muitas empresas do setor ainda mantêm distância do tema, o que não é bom para elas nem para a cadeia de suprimentos como um todo, pois a eficiência do modelo ESG em outros setores da economia depende, em parte, de sua aplicação também nas operações logísticas.
Essa despreocupação de boa parte das companhias logísticas foi constatada pelo estudo internacional intitulado “Estado da Sustentabilidade da Cadeia de Abastecimento 2021”, elaborado pelo Centro do MIT para Transporte e Logística, em parceria com o Conselho de Profissionais de Gestão da Cadeia de Abastecimento (CSCMP). O levantamento mostra que o ritmo dos investimentos da chamada agenda ESG para o setor não está sendo compatível com a velocidade com a qual o tema tem ganhado relevância nos fóruns mundiais e na mídia.
Segundo o relatório, feito a partir de entrevistas com 2.400 profissionais da área, a porcentagem de empresas que investiram em Sustentabilidade da Cadeia de Suprimentos em 2021 atingiu 58,7%, o que representou um crescimento de apenas 1,4% em relação ao ano anterior. Neste cenário, os maiores volumes de recursos foram destinados a questões como a proteção dos direitos humanos (10%), diversificação de fornecedores (9,8%), bem-estar e segurança (7,1%) e economia de energia (6%).
Exemplos sobre a importância de uma gestão sustentável não faltam. O cuidado com o meio ambiente, representado pela letra ‘E’, na sigla ESG, deve trazer evolução em termos de transportar com a máxima eficiência e usar a energia mais limpa possível.
Já no caso da dimensão social, a expectativa é de que o ‘S’ traga evoluções como a melhoria das condições de trabalho para os profissionais, redução de acidentes nas estradas, valorização da diversidade, o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas, a redução de impactos negativos para as comunidades à beira das estradas, entre outras.
Finalmente, o ‘G’ afetará diretamente a saúde das empresas com o fortalecimento de princípios como a ética empresarial, construção de Códigos de Conduta formais, Transparência Tributária e outros instrumentos de controle que colocam a constituição de conselhos profissionais de administração agindo com transparência e responsabilidade para transmitir de forma clara a intenção da companhia em evoluir nas práticas ESG como prioridade.
Fonte: Investing.com
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